Quando fui convidada para fazer parte desse projeto que hoje chamo de família, não tinha idéia de que se tratava. A primeira coisa que pensei foi no dinheiro extra que iria ganhar. Pediram-me para montar uma turma de alunos em menos de 72 horas, quase enlouqueci, não sabia por onde começar e saí pela comunidade convidando pessoas sem nem se quer saber falar do projeto, apenas algumas pesquisas que fiz no site do MOVA. Então foi se aproximando do dia da formação inicial no qual eu iria passar cinco dias fora da cidade, longe da minha filha e marido, coisa que nunca tinha conhecido antes e mesmo assim continuava sem saber do que se tratava. Nesse momento começava um frio na barriga, pois eu pensava: eu vou ensinar educação de jovens e adultos, Como vou fazer isso? Será que vou saber passar algum conhecimento? E o dia se aproximava mais e mais. Recebi o telefonema de que iríamos fazer o teste, fiz o teste, fui aceita e tive que esperar o aviso do dia que iríamos para a formação. Os meus sentimentos e pensamentos começaram a mudar, não tinha mais a certeza se queria encarar esse desafio, pois nunca tinha encarado qualquer desafio na minha vida. Sentia muito medo, nunca tinha surgido tamanho desafio. Sem experiência alguma, eu estava preste a me tornar uma educadora, o medo crescia cada vez mais, chaguei a pensar em desistir. Mas algo me dizia para seguir, assumir o compromisso e cumprir com essa missão. Comecei a pensar se eu seria capaz, pois como já mencionei nunca assumi um só se quer desafio por medo do fracasso, pensado assim bem lá no fundo, algo dentro de mim dizia que essa era a oportunidade que mudaria todos esses pensamentos só não imaginava que mudaria minha vida em todos os sentidos. E chegou o grande dia, fomos para a cidade de Assu, onde estava localizada a cede no MOVA pólo Rio Grande do Norte. Lá encontrei com toda a equipe e todos os monitores que fariam parte da etapa. Não foi muito difícil o primeiro momento, na verdade os cinco dias serão inesquecíveis para todos nós. Mas, quando voltei para casa teria que dar aulas na semana seguinte, isso me causou o maior medo de todos os momentos, o que diria na aula? Como eu iria começar? Mas lembrei que assumi um compromisso não só com o projeto, mas comigo mesma. Assumi que provaria para mim mesma as minhas capacidades, os meus limites. E foi assim que prossegui. Acreditei em mim e comecei a agir, com a ajuda da equipe que por mais que sejamos distantes nos proporciona um grandioso aprendizado. A coordenadora do Pólo Josileide Silveira de Oliveira, uma pessoa rica em conhecimentos e de tamanha competência, veio com a missão de coordenar o projeto, mas nos deixou transparecer que sua missão não só era essa e sim de nos formar como pessoas prontas para encarar qualquer obstáculo nas nossas vidas. De acreditar que somos capazes de vencer nossos medos. Permito dizer que não poderia ter outra coordenadora, pelo menos nesta etapa do qual faço parte. A meiguice das assistentes pedagógicas Gaby e Edilma, que executam suas obrigações divinamente bem, vão ficar no meu coração, bem guardadinhos. Levarei na minha bagagem todas suas orientações. Destaco aqui nestas simples palavras que poderia ser muito mais, que com certeza há muito mais sentimentos aqui guardados para expressar sobre o MOVA – Brasil, o surgimento da pessoa de Zâbia Lôbo na minha vida, minha coordenadora que é mais do que uma coordenadora para agente. Ela nos tem como filhas, e teve como papel nos mostrar os caminhos a percorrer na vida, não só no nosso lado profissional, mas pessoal também. Esse é o tipo de pessoa que temos que ter presente na nossa vida. Agradeço de coração.
Agradeço ao MOVA – Brasil por permitir-me fazer parte dessa linda historia que muda a vida de muitas pessoas, de todas as pessoas que fazem parte desse projeto, inclusive a minha. Hoje me considero uma fã e seguidora desse projeto.
Samira Nogueira dos Santos - Monitora
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